segunda-feira, 26 de maio de 2014

Analise de Poemas

Beatriz Ojeda Jiménez Elsborg Fernandes
Fernanda Elsborg Fernandes Ojeda Jiménez
Alexandra Bazilio Fernandes


Análise de Poemas


O poema “Vaso Grego” de Alberto de Oliveira o podemos considerar como um poema que pertence ao estilo do Parnasianismo, ele narra a descrição detalhada de um vaso. Onde representa as características do mesmo de uma maneira poética, usando a conotação e denotação, exemplificando a realidade e a versão poética do objeto.

Podemos identificar algumas características referentes ao Parnasianismo como: o tema da Mitologia, o valor à estética, o vocabulário culto, a linguagem rebuscada, a ordem invertida e a impessoalidade. Enquanto a sua estrutura formal podemos ver uma estrutura clássica já que ele foi escrito em sonetos, com versos decassílabos, rimas ricas e fala rebuscada.

No poema “Sinfonias do Ocaso” de Cruz e Sousa pode ser categorizado ao Simbolismo, pois descreve a noite de uma forma simbólica e mística, usando a linguagem poética para descrever as suas características.


A maior preocupação do poeta foi com a sonoridade, já que conta com aliterações, mas o tema do misticismo e o uso das palavras que poderíamos considerar como “escuras” (mórbidas, sombras, choram, entre outras) são uma característica importante deste movimento. Enquanto à estrutura os versos são mais livres do que no primeiro poema, a estrutura é informal e os versos contam com diferentes medidas.

sexta-feira, 23 de maio de 2014


Análise do poema:

“VASO GREGO” (Alberto de Oliveira)

Poema representante do movimento literário Parnasianismo. É possível verificarmos algumas das principais características do movimento em todo o poema. Uma característica muito marcante e visível do parnasianismo é a construção em forma de soneto e, isto está presente na obra analisada. 
É possível perceber a procura da perfeição clássica na construção do poema, com os versos decassílabos  e com as rimas ricas por classe gramatical (com por exemplo em “trabalhada”/”cansada”, “dia”/”servia”; na primeira estrofe) que acontece durante todo o poema, a poesia é valorizada por sua beleza estética e não pelo seu conteúdo, a arte pela arte é uma de suas características. 
O vocabulário rebuscado também está presente com a escolha de palavras raras como: "áureos, colmada, canora". 
Existem também referências à mitologia com a utilização da palavra "Anacreonte", no último verso.

Quanto ao conteúdo podemos perceber que não há transmissão de emoção durante o poema, não há palavras que indiquem qualquer sentimento, há diferentemente, objetividade no tema abordado, o escritor apenas descreve o objeto de observação. O autor não interfere na abordagem dos fatos em nenhum momento, o texto é quase que completamente impessoal.

Dayane, Marcelo e Regina.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Análise do Poema Vaso Grego

Vaso Grego (Alberto de Oliveira)
Esta de áureos relevos, trabalhada,
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que o suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas, o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

 Análise do Poema:

Áureos = adjetivo
Relevos = Substantivo
Divas = adjetivo
Mãos = substantivo
Brilhante = adjetivo
Copa = substantivo
Novo = adjetivo
Deus = substantivo
Taça = substantivo
Amiga = adjetivo
Roxas = adjetivo
Pétalas = substantivo
Bordas = substantivo
Finas = adjetivo
Encantada = adjetivo
Música = substantivo

No momento histórico desse movimento literário o poeta é influenciado pelos ideais cientificistas e revolucionários do período.

Sendo assim a objetividade se faz presente, tanto quanto a fuga ao sentimental e ao piegas.

O parnasianismo adota uma linguagem formal e busca a perfeição estética.

Neste poema há várias ocorrências em que o adjetivo aparece antes do substantivo, o que indica requinte formal. Ex: “áureos relevos”; “divas mãos”; “brilhante copa”; “novo deus”; “roxas pétalas”; “bordas finas”; “encantada música”.

No poema em questão isso fica nítido, devido ao uso do vocabulário culto, pois no parnasianismo a poesia deve ser perfeita do ponto de vista estético.

Encontramos neste poema uma rima esteticamente rica, apresentada pela classe gramatical, exemplo: dia/servia; doce/fosse. Mas há também rimas pobres como: suspendia/ tinia; bordas/cordas.

O tema da mitologia grega está presente como é frequente nas poesias parnasianas.

Qualquer objeto inanimado vira poesia, indo contra a idealização do “Eu Lírico”.

Neste caso a “taça” é o objeto descritivo desse poema.
Nas duas últimas estrofes dá-se personalidade àquele vaso. Uma transformação da beleza lírica do vaso, numa personalização objetiva, característica bem parnasiana.

Este soneto concretiza a ideia de “arte pela arte”, em que a beleza é o seu maior valor. 

O poema foi elaborado com versos decassílabos em forma de soneto, pois o

Parnasianismo retoma esse tipo de construção e para valorizar ainda mais o seu trabalho, o poeta utiliza os recursos de pontuação abusando do uso das vírgulas dentro de uma mesma frase.

Há uma exaltação da forma e da métrica rígida, representado nos primeiros versos.

A taça representa a poesia do poeta (finas, canoras, doce).

Através da metonímia entre poesia e musa, percebe-se que a taça se humaniza, pois se exprime, com voz “canora e doce” quando tocada pelo poeta.

Canora = suave.

Rimas: ABAB, BABA, CDE e CDE.

Inversão da ordem sintática (SVC)

Verso 04: (...) a um novo deus servia
                           O.I                     V

                       servia a um novo deus. (ordem natural)
S                        V              C


Verso 07: A taça amiga aos dedos seus tinia
                     S                        C               V

A taça amiga tinia aos seus dedos. (ordem natural)

    S                  V              C

Análise do Poema Vaso Grego feita pelas alunas: Edna, Marcela, Shirley e Thaís.